SAÚDE
Estresse pode desencadear a compulsão alimentar
15.04.2013Afogar as mágoas na comida já pode ser considerado um distúrbio alimentar. Comer um bombom pode ser considerado satisfação, mas comer a caixa inteira é compulsão. Em geral a compulsão alimentar ou a tentativa de controlar as emoções que sentimos com a ingestão de carboidratos, especialmente doces, acontece porque esses alimentos aumentam a serotonina que é o neurotransmissor que provoca a sensação de prazer em bem estar. É comum as mulheres dizerem que não sentem fome nas horas de estresse ou depois de uma mágoa, mas sim vontade de comer. Mas o que podemos fazer para controlar esse impulso e não correr o risco de engordar e prejudicar a saúde?
O segredo é criar consciência do porque você está comendo. Temos que saber se é por fome física ou porque está descontando emoções na comida ou procurando algum tipo de recompensa. Sempre perguntar o porquê você está comendo e se vale a pena realmente poder ajudar a identificar os gatilhos emocionais. O importante é vivenciar as emoções e resolver cada uma delas com a solução mais adequada.
A partir daí você vai começar a perceber a diferença entre fome-física e fome-emocional o que pode ajudar a vencer a compulsão. Essa percepção e o reconhecimento das duas situações distintas lhe darão instrumentos para lidar melhor com essas situações e fugir do "comer emocional" e assim não comer compulsivamente. É você que tem que ter o controle sobre essa situação e não a comida.
Aí vão algumas dicas para conseguir identificar porque você está comendo e se é preciso mudar seus hábitos:
Evite dietas da moda muito restritivas, que retiram completamente algum grupo alimentar do seu cardápio. Isso não ajuda a emagrecer, e ainda deixa a dieta muito mais difícil de ser feita.
O fato de começar a fazer uma reeducação alimentar não quer dizer que nunca mais poderá comer seus alimentos preferidos, mas que vai restringi-los um pouco, para evitar os excessos. O problema é quando a exceção vira regra, e o consumo volta a ser descontrolado.
Quando perceber que perdeu o controle sobre sua alimentação, ao invés de jogar tudo para o alto e comer mais, use isso como incentivo e tente compensar no resto do dia com opções mais saudáveis. Emagrecer tem muito a ver com a matemática das calorias e um exagero não quer dizer que a dieta acabou.
Comer a cada três horas evita novas crises de compulsão, além de manter seu metabolismo ativo. Por isso, quem fica muito tempo sem comer pensando que vai perder peso está dando um tiro no próprio pé.
Após um dia estressante, passe longe da cozinha. Assim fica mais difícil descontar na alimentação os problemas que você teve durante o dia.
Mesmo com esses hábitos, é bom continuar de olho no tipo de alimentação que você tem. Os alimentos ricos em gorduras e carboidratos refinados como doces são os mais prejudiciais e também os mais consumidos em episódios compulsivos. Porém, é importante ressaltar que todos os alimentos, até mesmo os lights e aqueles considerados mais "saudáveis", se consumidos com excesso, poderão levar a ganho de peso ou a outros problemas.
O melhor tratamento para uma perda de peso efetiva e duradoura sempre é aquele que associa mudanças de comportamento e estilo de vida, o que deve incluir mudanças na alimentação, prática de atividade física regular e procurar sempre o equilíbrio emocional através da administração do stress causado pelas preocupações do dia a dia.
Qualquer remédio, mesmo aqueles conhecidos como "naturais", podem causar efeitos colaterais indesejáveis e até graves, alem de poder apresentar interações medicamentosas inesperados pelo consumo concomitante com outros remédios que a pessoa já esteja tomando. Evitar a automedicação é fundamental, mesmo que sejam suplementos naturais. Procure sempre um médico que possa prescrever aquilo que você realmente necessita.
Muitas pessoas procuram "ser emagrecidas" e não emagrecer, ou seja, acreditam que a solução esta em uma fórmula milagrosa e nem pensam que o verdadeiro sucesso depende da mudança de estilo de vida.